Comer fora de casa pode diminuir a harmonia familiar

Para alguns uma alimentação saudável, bem-preparada e balanceada é o segredo para viver mais e melhor, para outros comer é apenas uma necessidade.

Nem sempre o homem sentou-se à mesa para comer. Historiadores revelam que o ato de alimentar sofreu muitas alterações com o passar dos séculos. Os homens das cavernas caçavam, pescavam e colhiam os alimentos. Depois com a descoberta do fogo os seres humanos passaram a preparar-los, cozidos ou assados, dentro da própria casa. Daí surge a ceia em família, com o objetivo de aquecer a todos da casa no fogo que faz a comida e degustar algum prato.

"Hoje em dia, as pessoas são obrigadas a comer fora de casa, pois o tempo para preparar alimentos não existe mais e sentar- se com a família é raridade", comenta o jornalista Denilson Cajazeiro. Ele faz todas as refeições fora de casa e revela que a socialização proporcionada pela refeição em família é insubstituível. "Os enlatados e industrializados nos levarão à solidão e ao indivuidualismo. Para que a mente seja saudável e criativa o corpo deve ser bem tratado. E além disso o carinho, atenção e até mesmo os puxões de orelha dos pais, irmãos mais velhos e outros membros da família são essenciais para a formação da nossa identidade e isso ocorre, geralmente, quando nos reunimos para comer e beber e falar, isso é harmonia familiar e não vivemos bem sem ela" , conclui bem humorado.

Confira um trecho da entrevista:

Na opinião de Fernanda Soares, a necessidade de ganhar tempo é que motiva a maioria dos amigos dela a comer fora. "Ninguém traz comida de casa para esquentar, isso é coisa do passado", comenta. Mas Fernanda teve sorte, o Sindicato dos Professores onde ela trabalha resolveu, há mais de 10 anos, fornecer a comida e cobrar o preço de custo, diminuido o tempo de deslocamento dos funcionários e proporcionando uma refeição mais agradável.

Veja o depoimento de Fernanda:

Para a cozinheira Zélia Silva é muito bom comer uma refeição que possamos ver sendo preparada, com carinho e higiene. Ela trabalha há 15 anos na cantina do Sindicato dos Professores preparando lanches e refeições para os funcionários todos os dias. Segundo Zélia as pessoas vão criando intimidade, sugerindo pratos, receitas e novos preparos. Eu gosto muito desse movimento, mas em casa meus filhos ficam sem a minha comida, só nos fins de semana cozinho para eles", completa.

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